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Para Jacques Lacan, a demanda de cura vem da voz de um sofredor. Nesse sentido, a voz do analisando é central para determinar se um tratamento está caminhando para cura/melhora ou para piora.
O desejo é muitas vezes disforme. Uma maneira de entender o desejo de alguém é quando esta pessoa consegue reduzir o seu desejo a uma demanda. Por exemplo, “eu quero X”.
Cabe ao analista recolher essas demandas trazidas pelo analisando. E, no processo, elaborar essas demandas, com o objetivo que o analisando encontre-se consigo. Encontrar-se consigo seria, em resumo, encontrar-se com seu desejo: reconhecer os desejos que lhe causem satisfação (ou menos tensão) e afirmá-los.
Então, para Lacan, a cura em psicanálise é uma melhora que passa também por um fortalecimento do ego, que pode ser expresso principalmente por dois termos lacanianos:
Travessia da fantasia: percurso sobre a significância e autodefinição do próprio ser, com o sujeito sendo capaz de se afirmar como ser desejante (“eu sou…”).
Destituição subjetiva: no setting analítico, significa que o analisando vai “destronar” (retirar do trono) o lugar do sujeito suposto-saber do analista; este lugar em que, de início, o analisando colocou o analista para o bem da análise e para a formação dos laços transferenciais.
De forma similar à destituição subjetiva, a cura ou melhora passará com um movimento do analisando em destituir o sujeito suposto-saber fora do setting (fora da terapia). Isso implica deixar de reverenciar todos os outros Grandes Outros e o desejo dos outros, colocando no lugar o desejo do próprio analisando.
Em síntese, o que é cura para a psicanálise?
A Psicanálise é uma teoria sobre as consequências do desejo em nós:
os desejos que realizamos e
os desejos que não realizamos.
O desejo é central no processo identitário de um sujeito. E, assim, o será também como medida para o bem-estar do sujeito. Será, por isso, um fator central trabalhado em terapia.
Afinal, a complexidade do desejo implica que o sujeito pode:
não saber o que deseja,
ter desejos ambivalentes ou
desejar os desejos dos outros.
Uma citação (em escrita livre) atribuída ao grego Hipócrates: “mais importante conhecer a pessoa do doente do que conhecer que doença a pessoa tem“. A psicanálise seguirá também esta ideia, no sentido de identificar que um sintoma terá uma causa relacionada à constituição psíquica e à personalidade do analisando.
O desejo do analisando em saber mais sobre si o “habilita” a ser um analisando em psicanálise. Este sujeito desconfia de que não entende tudo sobre o que lhe causa a dor. E identifica que precisa de um olhar de fora.